Nono Mandamento
Não darás falso testemunho contra o teu próximo
Lembro- me da história das três peneiras e suas
interrogativas, que compartilho:
Um homem foi ao
encontro de Sócrates levando ao filósofo uma informação que julgava de seu
interesse: - Quero contar-te uma coisa a respeito de um amigo teu! - Espera um
momento – disse o sábio – Antes de
contar-me, quero saber se fizeste passar essa informação pelas três peneiras.-
Três peneiras? Que queres dizer?- Vamos peneirar aquilo que quer me dizer.
Devemos sempre usar as três peneiras. Se não as conheces, presta bem atenção. A
primeira é a peneira da VERDADE. Tens certeza de que isso que queres dizer-me é
verdade? - Bem, foi o que ouvi outros contarem. Não sei exatamente se é
verdade. - A segunda peneira é a da BONDADE. Com certeza, deves ter passado a informação
pela peneira da bondade. Ou não? Envergonhado, o homem respondeu: - Devo
confessar que não.
- A terceira peneira é a da UTILIDADE. Pensaste bem se é útil o que vieste
falar a respeito do meu amigo?- Útil? Na verdade, não. Então, disse-lhe o sábio, se o que queres contar-me
não é verdadeiro, nem bom, nem útil, então é melhor que o não digas nada.
Assim também esse ensinamento antigo nos mostra o quanto de
sabedoria deve haver nas palavras. As palavras que muitas vezes ferem,
envenenam e sujam a alma, nos coloca para longe do amor. Coloca irmão contra
irmão.
E quem não gosta de uma fofoca? Muitas vezes parece uma
conversa inofensiva, mas que contém o poder das palavras (energia do verbo). Cuidemos
ao falar de nossos irmãos, pois a mesma energia que demandamos nessas palavras
voltarão para o remetente.
O que contamina o
homem não é o que entra na boca, mas o que sai da boca, isso é o que contamina
o homem. Mateus 15:11
Que nossas palavras sejam de cura e de amor, que jamais professamos algo que leve a dor. Que quando nos expressarmos as palavras sejam mais belas que o silêncio.
O silencio muitas vezes fala mais que mil palavras, saibamos
calar, silenciar e meditar, a ao meditar perceber o quanto tagarela é a mente.
Então começar a silenciar internamente para que só então exteriorize.
“Quando Pedro me fala de Paulo, sei mais de Pedro do que de Paulo”. Freud
Não devemos achar culpados ou acusar a outros, mas quando
nos deparamos com algo que nos incomoda, procurar resolver internamente, ou
seja, reparar em nós mesmos, o porquê de estamos incomodados com isso.
Não sejamos injustos com nossos irmãos, acusando-os e ou
maldizendo-os. Passemos sempre nossas palavras pelas três peneiras, pensando bem antes de falar.
A boca fala do que o
coração está cheio! Mateus 12,34
E se tem uma lição difícil, essa é: controlar a própria língua.
Reflexão de Paz e luz!
Gratidão.